__
Emmanuel – Geralmente, nas primeiras horas do “post-mortem”, ainda se sente o espírito ligado aos elementos cadavéricos. Laços fluídicos, imperceptíveis ao vosso poder visual, ainda se conservam unindo a alma recém-liberta ao corpo exausto; esses elos impedem a decomposição imediata da matéria. E, por esta razão, na maioria dos casos o espírito pode experimentar os sofrimentos horríveis oriundos da cremação, a qual nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo de cinquenta horas após o desenlace. A cremação imediata ao chamado instante da morte é, portanto, nociva e desumana. Às vezes, segundo a natureza das moléstias que precedem a desencarnação, existem ainda no cadáver inúmeros elementos de vida: daí nasce a possibilidade de, usando de recursos vários e reagentes, a ciência fazer um “morto” retornar à vida. Vê-se, pois, que o espírito desencarnado, nas primeiras horas do além-túmulo, pode sentir dentro do quadro de suas impressões físicas, todas as ações a que seu corpo abandonado seja submetido.